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Ensaio Triaxial do Tipo CD – Adensado e Drenado: Detalhes e Procedimentos – Norma ASTM D7181

O Ensaio Triaxial do tipo CD (adensado e drenado) é fundamental para a análise do comportamento de solos. Este ensaio é realizado utilizando corpos de prova cilíndricos moldados a partir de amostras indeformadas ou deformadas.

Termos CD e CID: Definição e Diferenças

CD (Consolidated Drained)

O termo CD refere-se ao Ensaio Triaxial Adensado e Drenado, onde a amostra de solo é inicialmente consolidada sob pressão de confinamento e, em seguida, é submetida à compressão axial com a válvula de drenagem aberta. Durante a compressão, a água pode escapar dos poros do solo, evitando o aumento da poro-pressão. Este ensaio simula condições de drenagem lenta, como aquelas encontradas em solos granulares ou em situações onde o solo tem tempo suficiente para drenar.

CID (Consolidated Isotropically Drained)

O termo CID refere-se ao Ensaio Triaxial Adensado Isotropicamente e Drenado. Semelhante ao CD, este ensaio envolve a consolidação da amostra, mas com a aplicação de uma pressão isotrópica (igual em todas as direções) antes da compressão axial. Durante a fase de compressão, a drenagem também é permitida. Este tipo de ensaio é utilizado para simular condições isotrópicas, onde as tensões aplicadas ao solo são uniformes em todas as direções, e é útil para estudar o comportamento de solos em diferentes estados de tensão.

Principal Diferença

A principal diferença entre os ensaios CD e CID está na fase de consolidação. No ensaio CD, a consolidação pode não ser isotrópica, ou seja, as tensões podem ser diferentes nas direções horizontal e vertical. Já no ensaio CID, a consolidação é isotrópica, com tensões uniformes em todas as direções, proporcionando uma análise mais uniforme do comportamento do solo.

Preparação da Amostra

O processo inicial do ensaio consiste em envolver a amostra com uma membrana de borracha e colocá-la dentro de uma câmara de ensaio. Após a câmara ser preenchida com água, inicia-se a saturação do corpo de prova. Este estágio envolve a aplicação de uma carga de confinamento e contrapressão até que o Parâmetro B atinja acima de 95%, indicando que a amostra está completamente saturada.

Fase de Adensamento

Na segunda etapa do ensaio, aplica-se uma pressão de confinamento para realizar a consolidação do corpo de prova. Este processo é essencial para a dissipação da poro-pressão dentro da amostra.

Compressão Axial – Cisalhamento

Após a dissipação da poro-pressão, inicia-se a fase de Compressão Axial, com a válvula de drenagem aberta. Nesta etapa, aplica-se um carregamento vertical até a ruptura do corpo de prova. A velocidade do ensaio é mantida lenta para evitar a geração de poro-pressão.

Durante esta fase, são medidas a tensão desviadora e a variação de volume da amostra em função da deformação específica.

Análise de Dados

Os dados coletados permitem traçar a trajetória das tensões efetivas, as envoltórias de resistência conforme o critério de Mohr-Coloumb e o comportamento tensão-deformação.

Aplicações do Ensaio Triaxial CD

Este ensaio é particularmente indicado para projetos e obras onde é necessário aguardar a estabilidade do maciço de solos argilosos ou em casos de predominância de solos arenosos na composição do solo.


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